(livre citação e recriação, por Flávia Tavares, de "gesto inacabado: processo de criação artística", para tentar mapear a obra do Coletivo Ambulante)
estética do movimento criador
obra: cadeia infinita de agregação de idéias: série infinita de aproximações para atingi-la
longo percurso de dúvidas, ajustes, certezas, acertos e aproximações
esse caminho é parte da verdade que a obra carrega
criação: contínua metamorfose: percurso feito de formas de caráter precário, porque hipotético
quando se coloca um passepartout em esboços e anotações, esquemas perceptivos ligados à recepção da obra em seu estado de perfeição e acabamento são abalados
nova perspectiva estética: está posto em questão o conceito de obra acabada, a obra como uma forma final e definitiva
estamos sempre diante de uma realidade em mobilidade
estética em criação; poética dos rascunhos; estética do movimento criador
ao emoldurar o transitório, o olhar tem de se adaptar às formas provisórias, aos enfrentamentos de erros, às correções e aos ajustes
o movimento criativo é a convivência de mundos possíveis
o artista vai levantanto hipóteses e testando-as permanentemente
diferentes possibilidades de obra habitando o mesmo teto (COLETIVO?)
convive-se com possíveis obras: criações em permanente processo
estética da continuidade x estética do objeto estático
impossibilidade de se determinar com nitidez o instante primeiro que desencadeou o processo e o momento de seu ponto final
(tenha acesso à parte do livro de Cecilia Almeida Salles aqui)
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